“Devo dizer que há muitas obras que fiz e de que não gosto, ou porque, foram realizadas com pressa (o tempo é bom conselheiro) ou porque o meu momento ou as condições não eram favoráveis, mas vejo-as sempre com muita saudade como acontece com as mulheres outrora amadas.
O Pavilhão de Ténis é uma das obras de que ainda gosto e recorda-me momentos de grande convicção e esperança profissional. O problema que se colocava era o de marcar o parque com um edifício, criando ali um objecto dotado de presença, que afirmasse o eixo dos campos de ténis e que servisse como ponto de referência, tal como acontece com a piscina de Siza.
O mais curioso é que a tribuna do pavilhão não funciona porque é desconfortável e a visibilidade sobre os campos é má; tal facto não me preocupa grandemente porque se trata de mais um caso, entre tantos, em que o elogio máximo que se lhe pode fazer é o de que não serve para nada, excepto, naturalmente, as instalações situadas em baixo...”